IES INVESTE EM CAPACITAÇÃO PARA PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL

Representantes do IES participaram do 3º Encontro Estadual de Patrimônio Cultural, que foi realizado nos dias 5, 6 e 7 de novembro de 2025, no Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis. Segundo informações publicadas no portal da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), este encontro teve o objetivo de fortalecer vínculos, parcerias e redes de colaboração entre a FCC, gestores municipais, profissionais, pesquisadores e interessados em patrimônio cultural. Esta edição ampliou o debate iniciado nas edições anteriores, que ocorreram em 2017 e 2018, e tratou sobre os desafios da Proteção ao Patrimônio Cultural. Com o formato de conferências, mesas redondas e oficinas temáticas, o evento contou com a participação de especialistas de diversas áreas afins ao patrimônio cultural e com a presença de cerca de 100 pessoas que atuam com o patrimônio cultural em todo o estado de Santa Catarina.

Após a abertura do evento, ocorreu a conferência: “Tecendo Memórias, Tecendo Direitos: A Trama (in)visível do Direito ao(do) Patrimônio Cultural” proferida pelo superintendente do IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – do Estado da Bahia (IPHAN-BA), Hermano Fabrício Oliveira Guanais e Queiroz.

No dia 6 de novembro ocorreram 4 mesas redondas. A primeira, com o título A Pluralidade Do Patrimônio Cultural em Santa Catarina, teve o objetivo de refletir sobre políticas para o patrimônio cultural. Participaram desta mesa redonda, Daniela Pistorello (Professora da Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC), Mirian Carbonera (Professora da Universidade Comunitária da Região de Chapecó – Unochapecó), Patrícia de Oliveira Areas (Professora da Universidade da Região de Joinville – Univille).

A segunda mesa redonda – Qual o Valor do Patrimônio Cultural? – teve o objetivo de refletir sobre os valores atribuídos aos bens culturais, sua importância, seu reconhecimento social e a necessidade de sua proteção. Participaram desta mesa, a arquiteta Lilian Mendonça (especialista em Gestão do Patrimônio Cultural Integrado ao Planejamento Urbano da América Latina – Cátedra UNESCO / CECI/ UFPE), a superintendente do IPHAN de Santa Catarina, Regina Helena Meirelles Santiago e a arquiteta restauradora Simone Harger (Ornato Arquitetura e Cultiva Criativa).

A terceira mesa redonda, debateu sobre os Instrumentos de Proteção ao Patrimônio Cultural: O Que Temos, O Que Precisamos. Participaram desta mesa, a Arquiteta e Urbanista, Carolina Dal Ben Padua (IPHAN de Brasília), o Arquiteto e Urbanista Fábio Guimarães Rolim (Instituto Brasileiro de Museus – IBRAM) e o historiador Rodrigo Rosa (Analista Técnico Cultural da FCC).

A quarta mesa redonda, com o título O Papel dos Municípios na Proteção ao Patrimônio Cultural, apresentou experiências, reflexões e desafios da gestão municipal do patrimônio cultural. A mesa contou com a participação da Historiadora e Diretora da Fundação Municipal de Patrimônio Histórico de São Luís, Kátia Bogéa, da Socióloga e Diretora de Patrimônio Cultural do Estado de Santa Catarina, Lélia Pereira Nunes e da Consultora e Assessora Cultural em Chapecó, Roselaine Vinhas.

No dia 7 de novembro ocorreram as oficinas temáticas. A presidente do IES, Tânia Welter, participou da oficina 1 – Elaboração e Gestão de Projetos para o Patrimônio Cultural, que foi ministrada por Alexsandra Mendes e Maria Teresa L. Collares da Rede Marketing Cultural. Durante 6 horas foi possivel dialogar sobre elaboração e gestão de projetos.

 

Fotos: Tânia Welter e Bianca Mara Souza

 

A Secretária do Instituto Egon Schaden e Bibliotecária do Município de São Bonifácio, Bianca Mara Souza, participou da Oficina 3 – Conservação de acervos em papel – ministrada pela professora Maria Lúcia Souto, do Laboratório de conservação e restauração – LACOR BC/UFRGS, em que fez breve explanação sobre a evolução do papel, trazendo desde questões históricas, quanto as modificações e adaptações dos materiais ao longo dos anos.

Foto – Papiro; Papel de trapo; Papel de madeira.

Após breves considerações, os participantes puderam conhecer os diferentes tipos de materiais, produtos específicos para a limpeza das obras, higienização do acervo e dos ambientes, controle de temperatura, eliminação de pragas, gerenciamento de riscos, manutenção preventiva dos equipamentos elétricos e das edificações, procedimento de rastreio de documentos, entre outros. Na sequência, trabalhou-se com a parte prática dos recursos e materiais de acondicionamento de livros, mídias, mapas, fotos, obras raras e documentos diversos, conhecendo os materiais utilizados para a preservação e as estratégias utilizadas para prolongar a conservação do material, como o encapsulamento de um livro com capa de poliéster de cristal, luva para livros (tipo capa de VHS), além das diversas possibilidades utilizando o papel Filifold, como as caixas de armazenamento e o envelopamento em cruz.

Foto 3 – Caixas, Capa de poliéster para livros e para documentos com fita dupla face.

Foto 4 – Elaboração de envelope do tipo cruz, caixa do tipo luva e cantoneiras para auxiliar na conservação de fotos.

Foram 6 horas muito produtivas, com recursos que podem ser utilizados tanto no dia a dia quanto nas atividades gerais da biblioteca e na conservação e preservação do acervo do Instituto Egon Schaden.

Foto 5 – Participantes da Oficina. Ao centro, Bianca Mara Souza ao lado da professora Maria Lúcia Souto.

Com esse compartilhamento de experiências apresentado na oficina, os participantes puderam aprimorar e ampliar ainda mais seus conhecimentos e, a partir de então, adaptar tais recursos de preservação e conservação na realidade profissional e em seus locais de atuação.

Para o IES, esses recursos serão muito úteis, tendo em vista a diversidade de documentos e a necessidade de ações efetivas no que diz respeito ao acervo do professor Egon Schaden.

Registros: Tânia Welter e Bianca Mara Souza.

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